A primeira coisa que eu preciso falar aqui é que eu preciso começar a fazer alguns rascunhos ao longo do mês para essas páginas de resumo. Minha memória não já é tão boa quanto antigamente e eu sinto que o excesso de trabalho tem contribuído para isso. Inclusive, eu acho que tenho vivido muito pelo trabalho e pouco para mim mesmo. Não sou do tipo de pessoa que gosta de repetir idiotices como "vestir a camisa da empresa" ou "dar o suor para sei lá o que", mas tenho me visto cada vez mais num emaranhado difícil de sair. Tenho falado para mim mesmo que é só acabar as demandas de agora (dois grandes vídeos institucionais) que vou me dar um descanso, mas a verdade é que as demandas não vão parar. Vou começar a colocar alguns limites e dizer que os prazos não têm sido realistas e ver no que dá.
Como eu não gosto de falar muito de trabalho por aqui - tanto para não deixá-lo invadir mais uma área da minha vida, quanto para ainda manter um certo ar de mistério de anonimato por aqui - vou falar das outras coisas que aconteceram comigo. Não foram tantas, mas mesmo assim só consigo lembrar por causa das poucas fotos que eu tirei.
Comecei o mês indo num show de "punk mineiro", da banda na qual uma conhecida minha toca bateria. Eu fui mais pra fortalecer o trabalho dela e a amizade, mas no fim acabei gostando muito. A banda tem uma pegada "da terra", defensora dos menos afortunados e contra o sistema capitalista e o patriarcado. O som deles (delas, pois é uma banda composta quase totalmente por mulheres) é bem impressionante e eu fiquei surpreso em como uma baqueta atingindo uma enxada pode fazer um som daora.
Comi umas coisinhas gostosas na rua.
Fui num chá de fralda. O primeiro dos anos que virão...
Minha noiva comprou um Carmed da Hello Kitty.
Comecei um tratamento com Invisalign que deve durar um ano e meio, mais ou menos. Dói e incomoda bem mais do que eu imaginei, mas pelo menos saiu de graça. Uma das poucos vantagens de se trabalhar onde eu trabalho.
Comprei duas estatuetas do Oscar pra gravar um vídeo falando dos prêmios que o Brasil poderia levar esse ano.
Comprei um queijo brie, pois toda vez que eu ia no supermercado eu queria comprar e acabava não levando.
Acordei cedo pra cacete pra chegar no trabalho, viajar pra cidade ao lado e gravar umas coisas.
Uma pessoa muito querida e talentosa se formou em Cinema. De quebra - e meio de surpresa - apareci na foto oficial com a família dela.
Outro amigo (e colega de podcasts) se formou em Teologia e está prestes a se tornar padre.
Vi um cara assistindo tutorial de After Effects no ônibus.
E por fim, decidi que vou usar uma parte do meu horário de almoço para me isolar do mundo, trabalhar menos e colocar minhas leituras em dia
Se essa frase aqui não existisse, as linhas da tabela ficariam grudadas e eu não descobri como resolver.
Só vi três "filmes" este mês: Space Jam 2, que eu já tinha visto antes e é bem fraco; American Splendor, que é uma biografia misturada com ficção que eu vi quando era adolescente mas não tinha curtido muito e agora dei nota 4/5; e o especial de 2018 do Flight of the Conchords, que eu vi depois de maratonar a série e que justifica a baixa quantidade de filmes neste mês.
Para ver meus reviews, é só dar uma conferida no meu letterboxd.
Assisti isso as duas temporadas de Flight of the Conchords no HBO Max.
Essa é uma série de 2007 que eu sempre quis ver mas nunca tinha conseguido passar do quinto episódio porque eu só conseguia versões pirateadas em .rmvb de qualidade baixíssima. Consegui maratonar tudo dentro de um único mês, o que de alguma coisa aumentou minha satisfação com a série.
A história gira em torno de dois amigos da Nova Zelândia que vão tentar uma carreira musical nos Estados Unidos e meio que nada dá muito certo. Elas têm alguns amigos caricatos como um funcionário do consulado neozelandês que faz bico de empresário da dupla; uma mulher que é a única fã da banda e sempre dá em cima deles mesmo ao lado do marido; um cara que trabalha numa loja de penhores e sempre tenta parecer mais foda do que realmente é; e por aí vai...
O humor da série e os números musicais são na dose de bobeira e criatividade que me agradam muito, e os atores (especialmente Jemaine Clement e Bret McKenzie) acabaram saindo do semi-anonimato ao longo dos anos, então eu recomendo uma vasculhada no IMDb deles para vocês se surpreenderam com quem são e o que fizeram até agora.
Talvez meu vídeo favorito desse mês tenha sido a apresentação da nova guitarra do Anderson Gaveta, editor de vídeos que eu já acompanho há muito tempo. Eu não sou tããão ligado em música ou em instrumentos assim, mas toda a história por trás da arte da nova guitarra dele foi muito interessante e uma baita homenagem aos povos indígenas (e um de seus membros em especial.)
Continuo com os mesmos livros que peguei na biblioteca em dezembro e sigo renovando o empréstimo como um louco. Segui só um pouquinho com "Num Piscar de Olhos", mas os outros seguem na mesma.
Minha página de catalogação de trechos continua firme e forte por aqui. Talvez seja uma das coisas mais legais que criei aqui dentro do Neocities.