Depois da virada do ano voltamos para BH pois minha cunhada e a filha dela de 7 anos veio passar uns dias aqui com a gente. Foi... complexo, digamos. Muitas vezes eu me vi exatamente na mesma situação quando eu era pequeno, meus pais davam festas em casa e eu era obrigado a dividir meu espaço pessoal com outras crianças. E para deixar a coisa ainda mais difícil, a gente tinha que se privar de ver televisão, mexer no celular ou no computador para servirmos de exemplo para a criança. Mas não que a mãe dela se importasse. Contanto que tivesse algum youtuber adulto se passando por adolescente consumista na TV e menina ficasse hipnotizada, tudo certo. Mas como adultos sem filhos que somos, eu e minha noiva decidimos servir de exemplo. Mas não sei se deu muito certo. Enfim, foi meio complicado e eu senti que não fiz tudo que eu queria na minha segunda metade das férias, mas não quero desenvolver mais pra não passar raiva no futuro quando eu ler tudo isso aqui de novo.
Passamos uns dias fazendo passeios turísticos em BH e indo a lugares onde a gente normalmente não vai. Tipo o Mercado Central, que todo turista vai pra comprar queijo e cachaça, mas quem mora aqui há mais tempo sabe que é tudo caro demais. Mas fomos também no Palácio da Liberdade pela primeira vez e lá estava muito lindo com o primeiro andar ainda decorado pro Natal.
Aí voltamos pro interior - sem a cunhada - e ficamos de babá, enquanto minha noiva trabalhava em home office.
Fiz duas caminhadas com meu pai nos dias em que a chuva deu uma trégua, turistamos no interior, e um dia minha noiva foi embora levar a menina pra casa da mãe de novo. Não me entendam mal, eu gosto dessa vida de "tio". É uma experiência curiosa para quem é filho único e não conviveu com muitas crianças depois de adulto. Mas é meio cansativo, sei lá.
Aí, nos últimos dias de férias e sozinho com meus pais, consegui colocar em prática uma ideia que eu estava cultivando há meses: fazer uma super faxina no quartinho da bagunça. Tirei absolutamente tudo do lugar e limpei cada coisa. Revi brinquedos antigos meus e ainda lembro de cada brincadeira que eu tive com eles. Os brinquedos maiores eu quase não tenho mais, mas esses que eu revi são quase como "lembrancinhas". Tudo mais ou menos no tamanho de brindes de Kinder Ovo (incluindo brindes de Kinder Ovo). Também abri a caixa do meu autorama que está queimado há anos e - pasmem - lá dentro eu encontrei um bilhete deixado por mim aos 7 anos escrito: 27/07/99 - ÚLTIMO DIA QUE NÓS BRINCAMOS. Com isso eu percebi que desde sempre eu sou essa pessoa que se importa com datas e fatos. Desde sempre. Que loucura. (Claro, minha mãe apontou o fato de eu sempre ter escrito em agendas, mas achar um papel assim dentro da caixa de um brinquedo importante para mim teve um tempero a mais.)
Nessa vibe nostálgica em que eu me encontro - brinquedos, internet antiga, neocities... - eu acabei comprando no Enjoei um jogo que eu amava jogar quando viajava para casa dos meus avós: Flash, da Grow. Tem uma lógica meio parecida com Adedenha (ou Stop), mas é baseado em cartinhas muito bem desenhadas. Quem associar palavras iguais com determinada carta acaba ganhando mais ponto. É muito divertido e, para mim, sempre foi melhor que qualquer jogo de tabuleiro.
Antes de voltar para BH me bateu uma bad ENORME. Pela primeira vez depois de muito tempo passei um mês tranquilo na casa dos meus pais - com as ressalvas acima -, sem um calor de 38 graus e com 30 dias quase que inteiramente para mim. Em resumo, eu não queria voltar pra BH ou pro meu trabalho. Mas eu voltei e lá estou. Na véspera do primeiro dia vi uma grafite do Rick comendo churrasquinho e tomando Heineken; depois um vi cara com uma camiseta com frase engraçada (desmotivacional talvez?); e no dia 28 saí para jantar com minha noiva para comemorarmos NOVE ANOS juntos. Comemos num restaurante muito bom onde eu sempre quis levá-la. Valeu muito a pena.
Ganhei canetas para usar na minha agenda nova. Dei uma chorada de leve porque eu vivo com a pessoa mais perfeita e atenciosa do mundo. Entre trancos e barrancos, acho que foi um bom mês.Se essa frase aqui não existisse, as linhas da tabela ficariam grudadas e eu não descobri como resolver.
Estes são os filmes vistos no mês com notas entre 4 e 5 estrelas, sendo Furiosa o mais recente, e Doctor Strangelove o mais antigo. Com isso, consegui abranger uma faixa de 60 anos de diferença entre eles.
Para ver meus outros filmes desse mês, é só dar uma conferida no meu letterboxd.
Depois de um hiato pessoal que já perdurava desde 2021, resolvi ficar em dia com Rick & Morty. Reassisti a quinta temporada toda de novo e emendei todos os episódios até o fim da sétima, no dia 1 de fevereiro. Basicamente foi isso.
Um dos meus vídeos favoritos de janeiro é o da Kendra Gaylord, que sempre faz vídeos sobre arquitetura e cultura pop. Neste caso, ela foi atrás de descobrir qual é o verdadeiro local por trás da imagem mais famosa dos backrooms. No final do vídeo, concluímos como a preservação dos espaços e das memórias é importante. Assista!
Esse segundo vídeo é do canal Man Carrying Thing, que tem um humor muito ácido e direto ao ponto. Aqui ele faz uma crítica muito direta àqueles que tentaram justificar de alguma forma o gesto nazi feito pelo Elon Musk num evento daquele outro véio safado.
Os livros que eu comecei nas férias de dezembro não foram lidos em janeiro porque não houve tempo nem foco para eles. Então continuam os mesmos:
Neste mês também criei uma página aqui para catalogar trechos interessantes das minhas leituras. Quase como um Skoob, mas centralizado numa página só e sem o sumir de sumir da noite para o dia.